Minha estória com o Engenheiros do Hawaii começou quando eu tinha uns 11 anos de idade, na casa de meu vizinho, quando ele me apresentou o recém lançado vinil ‘Alivio Imediato’, seguido de ‘ Ouça o que eu digo, não ouça ninguém’ e ‘Go Back’ do Titãs.
Estávamos na pré – adolescência e começamos a fazer uns ‘bailinhos’ num salão que tinha na minha casa, afim de mostrar nossa técnica de discotecagem para os amigos e fazer uma graça para as meninas que queríamos impressionar e conquistar.
Quando ganhei minha primeira guitarra, uma Dixon strato amarela, os Engenheiros tocaram no Rock in Rio II e estavam estourados com a versão de ‘Era um garoto que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones, por isso foi a primeira musica que aprendi a tocar na guitarra.
Já no fim do ano me formei na oitava série e viajei com a minha classe para Santa Catarina, levando comigo uma Fita K7 com ‘Inuendo’ do Queen de um lado ( um mês após a morte de Fredie Mercury) e ‘Varias Variaveis’ disco que sucedeu ‘O Papa é Pop’ do outro, a turma foi reclamando dos Engenheiros até chegarmos em Camboriu onde o disco tocava em todas as rádios o dia todo, se tornando a trilha sonora da viajem para todos nós.
No outro ano em 1992 pra 1993 ganhei de presente o disco da banda que mudou a minha vida ‘ GLM’, estava ansioso para ouvir seu novo trabalho e confesso que estranhei o disco do começo ao fim, na verdade odiei, musicas interligadas uma nas outras, uns efeitos de guitarras e sintetizadores, pedalboards....parecia tudo confuso, melancólico e progressivo demais pra mim, com isso deixei o disco num canto esquecido.
Daí tive uma estória mal resolvida com uma garota que não vem a caso agora a estória e só de raiva comecei a escuta-lo o dia todo só pra ficar mais deprimido, com isso fui percebendo cada detalhe dessa obra prima da Musica Popular Brasileira e me apaixonando cada vez mais por cada musica desse álbum, se tornando o meu álbum nacional favorito.
Depois tive minha fase mais tranqüila e eles vem com ‘Filmes de Guerra, canções de Amor’, em seguida quando entro para a faculdade, conhecendo um mundo novo, muito álcool, muitas duvidas sobre o futuro, muita filosofia na cabeça, ouvindo muito The Doors, é lançado ‘Simples de Coração’; Embriagante!!!
Já em 96 pra 97 conheci um grande amigo que tocava contrabaixo e gostava de Engenheiros, o Juninho, e com ele e seu irmão formamos uma banda na época do Lançamento do ‘Gessinger Trio’, depois tivemos outras formações e a banda apesar de boa acabou um ano depois.
Em 1999 conheci uma garota de Minas Gerais e começamos a namorar, dois meses depois fizemos uma viagem para São Sebastião e Ilha Bela, depois pra Bocaina de Minas, sua cidade, qual foi a trilha sonora?
‘Tchau Radar’!!!!!
Um ano depois nos casamos e montamos um bar: Pierrot Music Bar, e reencontrei velhos amigos da escola ,que tocavam Engenheiros, como o Paulinho e o Juninho, também conheci outro grande amigo chamado Jhol, que também começou a se interessar pelo som do Engenheiros e até hoje tocamos toda semana varias versões sobre o mesmo tema: Engenheiros do Hawaii.
Nesse período saiu ‘Sufando Karmas e DNA’ , ‘Dançando no Campo Minado’ que tocávamos na integra no meu bar e depois o Acústico MTV, com musicas fantásticas, ‘Depois de Nós’, ‘Armas químicas e poemas’ etc.
Em 2008 é lançado ‘Novos Horizontes’ numa época em que eu estava cheio de magoas, querendo abandonar tudo e ir embora, as musicas pareciam mais uma vez ter sido escritas pra mim, esse disco é muito bom mesmo!
E por fim depois de superar o caos pessoal e pós ‘Novos Horizontes’ chega em minhas mãos ‘Pouca Vogal’, outro disco pra uma nova fase da minha vida;um novo emprego.
Por fim isso foi apenas o resumo de uma breve estória de uma pessoa qualquer, que teve a vida interligada e guiada por essa banda fantástica, responsável pela trilha sonora de sua vida.
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