quinta-feira, 30 de junho de 2011

NAVIO DE CRISTAL - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

NAVIO DE CRISTAL

O navio veleja além-mar
Ele leva meus sonhos pra longe
O horizonte é púrpura e estrelado
Ele sabe de cor o caminho do céu

Os portos de pedra, saia e batom
Esse navio não vai a pico
Apenas veleja ao leste
Onde o poeta cantou seus versos
Mais profundos e embriagados
Pela ultima vez

O navio de cristal é ilegal para as autoridades
Pela imensidão do mar que é infinito e incerto
A maré é escrava da lua
Vamos comer cadáver e beber catarata
O capitão Lagarto é o único que ficou na proa
E sumiu além-mar deixando seu corpo gelado na frança
E levando seus segredos mais íntimos para eternidade

INVERNO? ELA SÓ ESTAVA COM FRIO - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

INVERNO? ELA SÓ ESTAVA COM FRIO


O sopro malicioso graceja o flácido indefeso indigente
Ausente em suas trovas
Inútil nos sonetos jogados ao vento
Inútil poste de luz apagada
O acaro a seu redor desalinha seu desejo doentio
Fatal ! Uma rosa no vazio
Soma de nossa desobediência mais suja
O câncer é a luz do meu mais forte desejo
Os ventos os mais ardentes de todo inverno
Inverno? Ela só estava com frio
Oferta de nosso perdão obsceno

EVA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

EVA


Te amo menina
Amo seu sorriso
Amo seu cabelo
Amo sua voz
Amo seu olhar
Amo suas pernas, seios e anseios

Mas isso não me satisfaz
Não é perfeita
Não te completa
Porque você não ama a pessoa certa

Te amo menina
Amo seu beijo
Amo seu cheiro
Amo seu umbigo
Amo seus pelos
Amo suas duvidas, certezas e talvez

Mas isso não me satisfaz
Não é perfeita
Não vale nada
Porque você ama a pessoa errada

O ULTIMO DIA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

O ULTIMO DIA

A noite estava apenas começando
Peguei minha ultima garrafa de wiskie
Você estava fria e incerta
Apagou a luz e abaixou a cabeça

Fez força pra não chorar mas conseguiu falar
Eu tentava roubar um ultimo beijo
O primeiro acorde adágio começa
Jogado no capo azul daquele corcel 79

A duvida te conquistou
Assim como as palavras
De quem nos traiu meses atrás
Nunca mais teria o ultimo beijo
Nada era certo,
Mas você achou melhor deixar assim
Talvez você tivesse razão
Você tapou seu frio coração

MINHA ULTIMA GAROTA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

MINHA ULTIMA GAROTA


Eu quero gritar no lugar mais calmo
Onde falei seu nome pela ultima vez
Quero buscar as palavras no ar e ouvir sua voz
Pra ter a chance de recomeçar tudo de novo

Brigamos com o mundo pra ficarmos juntos
Agora brigamos entre nos pra ficarmos com o mundo
Era uma amor proibido e invejado
E a minha insegurança te cansou
Você precisava estudar química
E eu de uma qualquer pra me acalmar

Jogamos nosso passado fora
Você foi minha garota por um inverno inteiro
Eu fiz o seu passado e você jogou ele fora
E é inverno o ano inteiro

Sentia seu perfume em minhas roupas
E o gosto de seu beijo em meus lábios
Ainda me lembro de seu cabelo dourado
E de seu uniforme azul escolar

Você pedia pra eu dizer que te amava
Eu pressentia algo estranho no ar
Você me jogava no poste e me beijava
Eu amava você mas só sabia chorar

Mais um ano passo sem você
O dia dois de agosto ainda me fere
Eu fui seu primeiro poeta
Você minha ultima garota

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O CACHORRO FODEU - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

O CACHORRO FODEU

O mar cuspia todo o seu ódio
A multidão revidava com garrafas
Na areia uma garota faz zoofilia
Calma ! eu estava apenas tocando violão
E tomando o ultimo gole de ceveja
São apenas sete dias de prazer
E tudo fugia dos meus braços
Dez dias depois o ano ainda está gelado
Hibernei a quase meia década
Sempre é tarde pra quem é ansioso
Você sussurrou o meu nome em meus ouvidos
E depois ficou calada
Não posso ser motivo de piada
A noite ainda não acabou
Apenas os sonhos
Eu nunca fui Warlus
Assim como você não tem o brilho nos olhos
O mistério feminino ainda me pertuba

BANQUETE DE FESTA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

BANQUETE DE FESTA

Servindo a bandeja de caviar
Acompanhado de wiskie escocês
Olhares famintos na janela da festa
Gente feliz......
Gente infeliz.....
A festa para quando chega o prato principal
Com seu jeito meigo, seus cabelos claros
E um olhar de sedução com passos a direção que iria
Ao sentar  arranca sua arma e atira contra a janela
Onde estavam os pivetes com a bocas cheias d’agua
Quebrou o gelo! !
A bandeja  de ratos com uma garrafa de água podre
Lá estava ele como cadáver

FEZES E SORVETES - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

FEZES E SORVETES

No lago o sentimento é frio
Suas margem por mais limpas
São tristes por dentro
Os peixes querendo um isca qualquer
Pra poder ver o mundo de fora
Não temos pra onde fugir
As fezes e sorvetes nadam ao redor da água
Ate que as vezes o coração acaba com tudo
E o lago é destruido

VINTE E CINCO - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

VINTE E CINCO

O fogo é universal
A morte e destruição é inevitável
Um rapaz sobrevive
E mais vinte e cinco mulheres
Depois de um tempo
O pobre rapaz suicida
E as mulheres tornam-se lesbicas

DUAS ESTROFES AS 3 DA MADRUGADA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

DUAS ESTROFES AS 3 DA MADRUGADA

É frio nesse verão
O céu chora os seus pecados
Parece que estou sendo seguido
Uma forte sombra me persegue

Caminho em ruas alternadas
Já passa das três da madrugada
Carrego comigo uma dose de scoth
E uma canção inacabada de duas estrofes

Não deixo pegadas nem lagrimas no chão
Me escondo do sol e continuo a canção
Contando as horas, seguindo a construção

Bebendo o vinho, defecando o pão
Agora começo a correr
A sombra persiste
Não quero morrer
Será dourado, quem sabe azul
De volta ao passado
Rio Grande do Sul

Mais uma dose de scoth
Quem sabe eu suporte
Como é bom fugir da cidade
Cair na calçada e ser baleado
Chutado, agredido, cuspido e xingado
E como vingança raptar sua riqueza
Mais bem guardada

FALSO DRAMA -LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

FALSO DRAMA

Preciso de um mau motivo
Algo que me magoe muito
Pra mim precisar de você
Pra você me ajudar a sair dessa lama
Preciso de você nesse meu falso drama

Porque não ficaria mais só
Haveria pena, haveria dó
Porque gosto de viver só
A companhia é descartavel

O ULTIMO GRITO ENSURDECEDOR - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

O ULTIMO GRITO ENSURDECEDOR

É uma estrada infinita
Idas e voltas, começo e fim
Na estrada todo sorriso é triste
Lagrimas de batom
Suor e roupa suja
De que adianta viver longe de seu abraço
Um bolso cheio, um bolso vazio
Os sapatos já não estão tão novos
O cajado cada vez mais curto
Que fim levou você
Na mochila um par de trapos amarrotados
No peito o grito amordaçado querendo explodir
Não quero mais um baseado babado
Não quero mais um quarto sujo e barato
Não quero mais fugir como um rato
Acordar do pesadelo e não tê-la ao meu lado
É uma estrada fácil de retroceder
Nas curvas filmes e palavras; como esquecer
Talvez você não queira mais o meu gemido
Mas os trapos estão um brinco
O quarto reformado
O simples cigarro bem tragado
E o ultimo grito ensurdecedor
Implodindo o nosso apartamneto

BANCO DE BAR - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

BANCO DE BAR

Sentado num banco novo de um encosto velho
Soluçando cachaça e defecando lembranças felizes
A cada gole que descia a garganta subia a lucidez
Pra condenar minha embriagues
Daquela que foi a única a lhe dar chance
De encostar no poste e fazer amor
Apesar de se encontrarem sempre na mesma rua rústica e fria
Não deixavam acabar com o velho romantismo
Anos e anos sentado num banco velho de encosto novo
Soluçando cachaça e defecando câncer
E mais algus sintomas de um bêbado qualquer

12 DE JUNHO - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

12 DE JUNHO

Encarou os alienados
Por alguns beijos e abraços
Nos pinheiros do bosque
Festas, bailes de 12 de junho
Golpes baixos, brigas, gandaia, família
Sonho, futuro, realidade virtual
Shows, vôlei, futebol

Tudo isso porque quis morar numa favela
Tudo isso por ser perturbado

Pernas de gesso, tombos, revistas
Camiseta do Mickey
Fuga, bebida, declarações, tetra!!
Termino, perpetuo, embriagues
Química, rivais, seriados de Tv’s
Minha garota, lábios molhados, cosmo
Esquina do amor e duvidas
Certezas, porquês, ciúmes
Traições e babaquices
Biza, Omega, são tudo chuva de agosto
Vinte e sete de março estrela
Dez de agosto cruz
Medo de perder, medo de doer
Coração de chocolate e camiseta de ouro

PERÍODO VITAL - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

PERÍODO VITAL

É vinte e sete de março
Consegui soltar a fumaça tragada
Encontrei a musica perdida
Mas quando a musica acabar
Não se esqueça de me enterrar

É dez de agosto
A fumaça volta a me sufocar
A musica já acabou
 E você não me enterrou

LAGRIMAS CRETINAS E POESIAS VERDES - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

LAGRIMAS CRETINAS E POESIAS VERDES

Nada mais importa
Apenas uma dose me consola
       Entorpecentemente
Lembro que tudo era cinza
Mas ainda existia uma luz
Havia um sorriso mesmo que pequeno
Atrás das minhas lagrimas cretinas
E todo esse passado me revolta ainda mais

Porque vocês fazem assim
Vocês mesmos fazem suas feridas
Sem saber que na verdade
Estão comendo suas próprias mães

A poesia quando verde é tola
Até apodrecer e ficar eterna
Deixem seus olhos caírem e me de atenção
E nem tudo estará acabado
Havia uma lagrima mesmo que pequena
Atrás do seu sorriso cretino
E todo seu passado me revolta ainda mais

COLEÇÃO DE BONECAS - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

COLEÇÃO DE BONECAS

Todo orgulho é puro tesão
Não quero pensar em orgias
Mas também não vou deixar de esquece-las
Imaginando o que há por baixo desse seu short vulgar
Não é obsessão
Mas tenho ciúmes de seu gingado
Não quero apenas ir pro mato
Quero algo especial
Pena que os hormônios não andam juntos com os neurônios

E por baixo desse seu short vulgar
Existe uma coleção de bonecas


ÚNICA GAROTA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

ÚNICA GAROTA

Agora ao pisar novamente no mundo
Vejo que muitas coisas continuam iguais
Já faz tempo que imaginei
Um ano inteiro que passou calado
Dia após dia nesse mesmo mês de um ano atrás
Roubei seus sentimentos me apossei do seu lar
Troquei todas as falsas amizades por um pouco de seu amor
Mas fugi antes do primeiro beijo
Chorei também após o ultimo
Você não será a ultima e sim a única
Me mostrou que a coragem é a maior prova de amor

VOCÊ ESTAVA LÁ - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

Você estava lá


Tudo se torna imortal
Menos o preconceito
Tudo se torna banal

Você estava lá
Amor porque será
Você estava lá
Um bagaço a dançar

Os tapas ao redor são risadas e rumores
Onde estará você
Aquela que me ensinou a cantar
Você estava lá
Mas minha garota não
SONETO DE DESPEDIDA


O sonho acaba enquanto as estrelas caem do céu
Você está comigo mas não me deixa toca-la
Apenas bebemos como amigos minhas chances são poucas
Por meus erros do passado você tira sua roupa
Eu dou mais uma tragada e alguém bate na porta
E eu te escondo no chuveiro

Você só veio pra dizer adeus
Você só veio pedir truco
Você só veio pra satisfazer meus sonhos
Você só veio pra cantar o seu soneto de despedida

Sinto o gosto da sua pele
Enquanto a água cai em meu corpo
Você nega minha reação
Corta o meu beijo, corta o meu coração
Deito sozinho na minha cama molhada
Você tira sua roupa e eu dou mais uma tragada


Você só veio pra dizer adeus
Você só veio pedir truco ( seis )
Você só veio pra satisfazer meus sonhos
Você só veio pra cantar o seu soneto de despedida

PALHAÇO LITERAL - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

PALHAÇO LITERAL


Parece brincadeira, um disco arranhado
A mesma musica dizendo : Ta acabado
Uma palavra que mudou uma noite
Uma noite que mudou uma vida

O telefone só da desligado
É sempre assim quando estou apaixonado
O palhaço maquiado, hoje é literal
Adeus picadeiro, adeus, bye, tchau

Bem vindo ao globo da morte
A mesma musica dizendo ‘ stop Ju ‘

Não queria saber o que é o amor
Amar pra que só nos faz sofrer
Não queria sentir esse calor
Teu perfume que me fez morrer

Repete a brincadeira, um fantoche numa mão feminina
Mãos que queria pra mim, corpo que seria meu

Um telefonema que mudou uma noite
A maior noite de toda minha vida
O telefone ficou desligado
É sempre assim quando estou alterado

SOMBRA VAGA - LETRA DE RAUL RIBEIRO/ MUSICA DE RAUL RIBEIRO E JHOL

SOMBRA VAGA


Eu posso dizer heresias
O problema é a verdade
Quem sabe sobre ela
Quem sabe seus mistérios

Cala-te palavras são vagas no ar
Sujeitos, verbos e talvez
O homem que pensa de menos
E que fala demais

Pensamento certo, raciocínio lento
O analfabeto que gosta de ler poemas
O garoto prodígio sofre de amnésia
Sombras nas lembranças, sombras de crianças

Cala-te palavras são vagas no ar
Sujeitos, verbos e talvez
O homem que pensa de menos
E que fala demais

O mar é o consultório de Deus
As ondas não mentem e sabem a verdade
Nada continuou e nada acabou
Nada fiz como o ultimo em tudo

Cala-te palavras são vagas no ar
Sujeitos, verbos e talvez
O homem que pensa de menos
E que fala demais

Não sei afinar a guitarra
Não sei sombrear meu desenho
Não sei tecar a bolinha de gude
Não sei de cor as tabuadas da escola

terça-feira, 28 de junho de 2011

FUTURO 2 - MUSICA E LETRA DE RAUL RIBEIRO

FUTURO II

Encontrei o futuro de uma velha historia
E nada vai mudar esse rigor
Vi que o amor não gera união
E que a liberdade faz parte do seguro
Estaremos sempre na mesma cama
E por isso precisamos de outros lençóis
Porque sempre seremos humanos
E não respondemos pelas tentações

Só pra nos ajudar a progredir
Só pra fazer companhia
Só pra te fazer sorrir nos dias de chuva

A paixão sempre vai crescer
E por isso temos que dar uma pausa
Para variar a arte explícita e
Construir novas gerações
Vivendo feliz com a mulher do vizinho

FUTURO - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

FUTURO

Abro a porta da minha casa
E você desce de seu carro zero
Grito suavemente o seu nome
E você pega sua filha no banco de trás

Você cortou o seu cabelo
Os meus caíram com o tempo
Tempo em que seus filhos nasceram
E eu continuei na mesma mesa de bar

Já tenho vinte e sete e procuro trabalho
Você veste branco e trabalha no hospital
Fiz os exames que me pediu
Será enfisema pulmonar?
Ainda não parei de fumar!

Fique com meu acervo de lembranças
Nunca entendi mesmo de química

CAMISINHA DE PEDRA - LETRA E MUSICA DE RAUL RIBEIRO

CAMISINHA DE PEDRA


Ela veio de braços abertos
mas não estava na lua certa
Ela sorriu esperando que eu lhe desse um murro
mas eu só consegui olhar pro seu rosto
e gaguejar sobre futebol

Pessoas rolam no chão
Garrafas de vinho são entornadas
O fumo tragou nossa liberdade
E o sexo mais uma vez esqueceu a verdade

Perdeu uma amizade
No momento em que deitou na pedra
Deixou a loucura tomar conta de seu destino
Enfiou a língua nela....
A inocência acabou
No momento em que o preservativo
Tomou lugar do amor....camisinha de pedra