sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SWU 13 DE NOVEMBRO DE 2011


Acompanhei  no dia 13 de novembro  na cidade de Paulínia  em São Paulo o segundo dia do festival SWU num dia brusco porém com mormaço, com algumas chuvas intercaladas no fim da tarde e noite e desde a chegada pude notar que a organização foi bem planejada e organizada, a área era enorme, várias praças de alimentação e bares além de três ótimos palcos : New Stage de frente a Tenta Heineken ( eletrônica), e os dois principais Energia e Consciencia.


Logo depois de entrar comprei algumas fichas de cerveja ( na verdade você trocava seu dinheiro por fichas com o mesmo valor impresso sem produto descriminado) tirei algumas fotos do local e fui para o Palco Energia para assistir ao Show de abertura com Zé Ramalho.


O show começou com ‘O que é, o que é’ do Gonzaguinha, seguido de ‘Pra não dizer que não falei de flores’ de Geraldo Vandré, ‘Taxi Lunar’, ‘Avohai’, ‘ Eternas ondas ‘, ‘Chão de Giz ‘, entre vários outros sucesso dos mais de trinta anos de carreira. O Publico ainda estava chegando, mas nada que tirasse o brilho do show.


Uns quinze minutos antes de terminar parti em direção ao Palco Consciência para assistir a apresentação do Ultraje a Rigor, que fazia uns dez anos que não assistia ao vivo, o publico já começava a aumentar, apesar de não chegar ao numero de gente que compareceu ao dia 14, mas acho que já beirava umas trinta mil.


Enquanto os técnicos de som e os roadies  acabavam de montar o palco, começou a chover mais forte, de vez em quando Roger ( vocalista do Ultraje) aparecia no palco para tirar umas fotos do publico que gritava seu nome assim como o da banda.


Depois de uns quinze minutos o show não havia começado como previsto na programação de intercalar os palcos para quando terminasse uma banda a outra já estivesse pronta, que alguém da organização falou nos auto falantes que o show teria o horário trocado com a próxima banda no outro palco por causa da chuva.


Volto para o Palco energia para assistir ao Tedeschi  Trucks Band, Puta banda com 11 membros com Susan Tedeschi nos vocais e guitarra, seu marido Derek Trucks também guitarrista, naipe de metais, baixo, bateria, teclados, tocando southern rock, blues, Soul, Gospel, etc.


Além da voz impressionante de Susie ela também se mostrou ótima instrumentista e esbanjou seu carisma e apesar de apenas um ano de banda mostrou uma sincronia perfeita, parecendo uma banda com anos de estrada.


Voltando ao Palco Consciência para ver o Ultaje uma grande confusão acontece no palco, técnicos, produtores e até o próprio Roger trocando socos e empurrões com a equipe do Peter Gabriel, que haviam desligado o som  dizendo que a banda só teria meia hora para se apresentar se não Peter Gabriel iria embora do festival.


Já com a banda toda no palco, Bacalhau na bateria, Mingau no baixo, Marcos Kleine na guitarra e Roger Rocha guitarra e vocal comenta a confusão e dedica a canção aos gringos que boicotaram o som: - O pessoal do Chris Cornell disse que se não saíssemos em meia hora ele não iria tocar mais ! Ohohohohoho....( na hora da confusão Roger pensou que se tratava da produção do Chris Cornell que seria a próximo show, não o Peter Gabriel que seria bem mais tarde) e começa ‘ Inutil’, emenda com ‘ Filha da Puta’, ‘Ciumes’, entre outros clássicos da banda que tocava para uma plateia que parecia de futebol num jogo entre Brasil e Argentina, gritando o nome da banda e cantando as musicas juntos.


Na saideira depois de tentar um pequeno striper, disse que não tinha pressa pra sair e dedilhou os primeiros acordes de ‘ Marylou’ acompanhado mais uma vez da plateia, até alguém da produção do Peter Gabriel entrar correndo no palco e desligar os auto falantes de novo, novo empurra empurra e fim de show. Showzãaao meu ! Como diria Roger.


O único pecado desse dia foi meu mesmo que troquei o show do Duran Duran no palco energia para ver o Hole de Courtney Love no Palco New Stage.


A eterna viúva de Kurt Cobain subiu no palco com uma roupa curta mostrando seu corpo de modelo cadavérico, parecendo uma taquara esquelética e começou a cantar ‘Sympathy for the Devil’ com sua voz desafinada nos graves, mais com alguns gritos bem parecidos com os de seu finado.


Depois pediu para um garoto da plateia a sua camiseta com a frase ‘ Quero ser sua Vaca’, tirou seu top mostrando seus seios de muxiba e vestiu, depois pegou uma tiara, batons, gloss, tudo que era arremessado no palco era experimentado.


Sua banda era composta por um baixista que fez o seu papel, um baterista idem, um guitarrista emo que parecia ter uns 12 anos de idade que passava o set list para Courtney, que em seu estado psico/junckie não fazia a menor ideia do que tocar, ficando com a guitarra nas mãos sem fazer nenhum acorde, enquanto atrás da bateria escondido ficava o seu roadie fazendo a base ou tocando as musicas do show no violão para cobrir o espaço vazio deixado pela banda, que também contavam com três dançarinas parecidas sobreviventes de uma orgia de estrupros de algum Inferninho da Augusta. Dançarinas que não dançavam a propósito.


Em uma parte do show um rapaz levanta um cartaz com a foto de Kurt, Love olha para ele e manda ele abaixar o cartaz, mas minutos depois surge de novo o cartaz no meio do publico e Love se irrita diz alguns palavrões e sai do palco no meio da musica.


O João que estava comigo e o Michel pensou que os xingos era pra ele, quando percebeu que era pro rapaz ao lado, já com varias lésbicas e marmanjos quase pulando em seu pescoço falou: Abaixa essa merda e vaza! O que foi atendido prontamente.


Courtney volta ao palco e termina seu show ‘normalmente’.


Corremos para o Palco Consciência para ver o Chris Cornell que já estava tocando, e ouvimos alguns de seus sucessos em versão voz/violão, como ‘ Hunger Strike’ do seu projeto com Eddie Vedder ‘Temple of the Dog’, que apesar de algumas derrapadas na voz continua baita cantor.


E chega a hora mais esperada da noite assim como a chuva que volta a cair junto com o frio, pela primeira vez na terra do Sertanejo Universitário , o Sertanejo sulista Americano Lynyrd Skynyrd a maior banda de southern rock do mundo, na verdade os pais desse gênero.


O publico bastante eclético formado por motoqueiros, Hells angels Brazucas, hippies, jovens e velhos foram a loucura quando a banda entrou no palco com ‘MCA’, seguida de ‘ i ain’t the one’ muito boa, até chegar na melhor musica da noite pra mim ‘ Simple Man’, indescritível a sensação de ouvi-la pela primeira vez ao vivo.


Johnny Van Zant mostrou que continua afinadíssimo com  Gary Rossington tocando  seus riffs  que fazem parte da histora do Rock e  que mudaria a historia do festival, como o melhor Show do dia.


Depois foram ‘ apenas’ ‘Sweet Home Alabama ‘ e ‘ Free Bird’ só de sacanagem.



Agradecimentos a Juninho, João, João Rafael, Renan, Michel, Brou,  Dona Amélia e Melaine por ajudar a presenciar esse acontecimento.

Fotos postadas posteriomente.



AGUARDEM A RESENHA DO DIA 14 – VEM AÍ FAITH NO MORE NO SWU


E RINGO STARR NO CREDICARD HALL EM SÃO PAULO.






terça-feira, 1 de novembro de 2011

Seja Feliz


Não tem nada melhor no mundo do que ser reconhecido naquilo que você faz com amor e por isso você faz melhor.

Quem um dia não quis nem que por alguns minutos estar no lugar de um Fredie Merury, um Neymar, uma Ivete Sangalo e ser ovacionado por todo  estádio,  por estar fazendo o que sabe fazer de melhor.

O segredo é fazer o que você gosta e fazer com amor, quantas vezes um Neymar jogou com dores e fez o melhor que pode, Fredie Mercury quando cantou no Rock in Rio já sabia que estava com o vírus da Aids e mesmo assim fez uma apresentação impecável , com energia e com um sorriso no rosto, quantas vezes uma Ivete Sangalo cansada, com os pés ainda doendo do dia anterior, calçou suas sandálias de salto alto e foi pular em algum trio elétrico.

Escolham melhor suas profissões e seja um médico mais humano, um professor mais atencioso, um advogado mais justo, enfim façam com amor, façam com tesão, assim um dia vocês conseguirão ter a mesma sensação de um Neymar, de um Fredie Mercury e de uma Ivete Sangalo.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

FAITH NO MORE - EX MEMBROS.

                                          Jim Martin guitarra.
                                        Jim Martin com sua filha, hoje ele planta aboboras gigantes.

                 Puffy baterista, Wade Worthington tecladista, Mike Morris ' The Man' vocal e guitarra e Billy baixista.


                                                        Chris Cornell vocalista


                                                    Courtney Love vocalista


                                          Chuck Mosley vocalista


                                          Dean Menta guitarrista


                                                       Trey Spruence guitarrista.

FAITH NO MORE - MAQUINARIA 2009

   São Paulo, 07 de novembro de 2009, depois de 15 anos, a banda que marcou minha adolescência e juventude está de volta no Festival Maquinaria na Chácara do Jockey.
   Comprei meus ingressos o mais rápido que pude, contratei um motorista pra me levar ao show, dane-se o festival, não me importava quais bandas tocariam nesse dia, só me importava a banda que fecharia a noite. Faith no More.

   Depois de seguir o GPS chegamos ao local as cinco e meia da tarde, por ser horário de verão ainda estava claro, tirei umas fotos com minha esposa do local quando percebi que já tinha uma banda tocando no palco, Deftones, já estava no final do da apresentação e um pequeno publico pulava frente ao palco, peguei nas mãos de minha esposa e fomos para frente do palco, especificamente nas grades laterais, comprei um copo de cerveja de 500ml e disse que de lá não sairia para não perder lugar, estava nervoso e ansioso na expectativa do show, comprei outro copo de cerveja quando percebi que se continuasse a beber logo teria que ir ao banheiro e perderia meu lugar, optei por parar de beber, afinal não estava lá pra ficar embriagado de álcool e sim para ver a banda que mais gostava.

   O local começou a encher, mais de noventa por cento do publico estava lá pra ver o Faith no More, coisa que me deixou surpreso e emocionado por não ser uma banda tão conhecida assim na minha cidade, mas estávamos em São Paulo e tinha gente de todo canto do país, conheci pessoas do Paraná, de Manaus, Santa Catarina, etc.
   Quando faltava poucos minutos para a banda entrar no palco, aconteceu o inesperado, começava a chover e ventar, ironicamente parecia parte do espetáculo, mas não era, e isso atrasou o inicio do show, que esperou a chuva parar para a banda subir ao palco, mas como disse parecia que São Pedro também queria fazer parte do espetáculo, e foi só a banda aparecer no palco que a chuva voltou a cair; dane-se a chuva o publico gritava em uníssono : FAITH NO MORE....FAITH NO MORE.....FAITH....NO....MORE...
  O primeiro a aparecer no palco foi o tecladista Roddy Bottum, seguido de Mike ‘Puffy ‘Bordin na bateria, John Hudson e Billy Gould, guitarrista e baixista e os primeiros acordes de . "Reunited “ começou a ser tocado, então eis que surge Mike Patton caminhando para a frente do palco com uma bengala na mão  e um guarda chuva na outra, vestindo um terno vermelho; pronto começou o maior espetáculo da terra e publico foi ao delírio.

  ‘.....Porra !!! Caraho ....’ grita Mike segurando um megafone na musica ‘ From out of Nowhere’, o publico pulava freneticamente cantando juntos, a chuva deu uma trégua, mas meus olhos começaram a nublar também, e chorei a musica toda como uma criança.
  ‘...Nós secos...vocês molhados....Secos e molhados falou Mike depois de ‘Be Agressive’ para depois tocar ‘ Caffeine ‘ , o som era perfeito, o volume estava no Maximo e tocaram esse clássico como se o mundo fosse acabar, ‘ evidence ‘ cantada em português, ‘ Surprise ! your’re Dead’,  e Last Cup of Sorrow, com um teclado psicótico hipnotizando a platéia.
   Depois veio vários sucessos, Mike perguntava a platéia qual show tinha sido o melhor da noite, e o publico rindo respondia FAITH NO MORE, depois disse que fazia quinze anos que não vinham a São Paulo, e que ‘ maybe’ ( talvés) seria a ultima vez, ou quando anunciou a ultima musica do show, dizendo que eles precisavam ir pra casa pois já estavam velhos, e o publico: NÃÃÃÕ.....
   Foi quando chegou  a melhor parte do show e a banda tocou ‘ Just a man’ , Mike desceu do palco e com o microfone na mão foi até as grades gritar com o publico : ‘....PORRA ! CARALHO...’ por quase dez minutos.

   Stripsearch também foi uma das melhores da noite e a ultima antes do segundo biz, que emendou com ‘ We care a lot ‘ e a saideira pedida pela galera ‘Digging The Grave’.
   Nota para o Show : 1000.

   PORRA ! CARALHO !

ABAIXO O SET LIST DO SHOW.

1.                               Reunited (cover de Peaches & Herb)
2.                               From out of Nowhere
3.                               Be Aggressive
4.                               Caffeine
5.                               Evidence (em portugês)
6.                               Surprise! You’re Dead!
7.                               Last Cup of Sorrow
8.                               Ricochet
9.                               Easy
10.                            Epic
11.                            Midlife Crisis
12.                            Caralho Voador (com direito a uma adaptação de “Ela é Carioca” para “Ela é Paulista” e ao Billy Gould dizendo “This one is for Palmeiras!“)
13.                            King For a Day
14.                            The Gentle Art of Making Enemies
15.                            Ashes to Ashes
16.                            Just a Man
17.                            Chariots of Fire
18.                            Stripsearch
19.                            We Care a Lot
20.                            Digging The Grave








   

Inimigos do Rei - entrevista por Solange Castro


Irreverentes, bem humorados, inteligentes, profissionais impecáveis, e excelentes artistas, os "Inimigos do Rei" estão de volta para alegrar o atual cenário musical brasileiro...
Em entrevista exclusiva cedida ao Alô Música, eles contam um pouco da sua tragetória e dos planos atuais...
Solange Castro - Alô, Marcelo. Um prazer estar com você...
Marcelo Marques - O prazer é todo nosso...
Solange Castro - A Banda Inimigos do Rei foi formada em 87 - nos conte: como tudo começou?
Marcelo Marques - Eu e Marco Lyrio fomos chamados para integrarmos o grupo Garganta Profunda, e lá encontramos Luiz Guilherme, Luiz Nicolau e Paulinho Moska. O Garganta Profunda trabalhava com um projeto que valorizava sub-grupos e entre eles surgiu os "Inimigos do Rei". Um dia fazendo um show no Paço Imperial o sub-grupo foi impedido de tocar porque tocava músicas mais moderninhas e dançantes, e como show iria se realizar na "Sala do Trono", no segundo andar, alegaram que a estrutura do "Paço" não suportaria o peso e o movimento, foi a deixa que faltava... E aí surgia os "Inimigos do Rei".
Solange Castro - E como foi o início? Vocês partiram para realizar shows, havia repertório próprio?
Marcelo Marques - Inicialmente, como sub-grupo, fizemos algumas participações com duas canções, que faziam sátira da música Pop/Rock, "Mamãe viajandona", que posteriormente se tornou um dos sucessos do nosso 1 CD
A segunda música "Anéis de Saturno", logo depois saiu do repertório, mas começamos a nos encontrar independente do Garganta, começaram a surgir as outras canções e em final de 87 já estávamos fazendo shows só nosso e já desvencilhados do “Garganta”
Solange Castro - Interessante - o Garganta Profunda tinha um repertório bastante "clássico" dentro da MPB - aliás, belíssimo - o trabalho de Marcos Leite foi impecável... Já vocês, mesmo fazendo parte do grupo, optaram pelo Pop/Rock de forma bastante original, com qualidade e bom humor...
Marcelo Marques - Isso aí...
Solange Castro - Como foi a escolha do repertório? Quais as composições próprias, quais tendências que influenciaram essa escolha, enfim, de onde vem tudo isso?
Marcelo Marques - Havia na época um movimento de sátira do universo Pop/Rock, "Casseta e Planeta", "Espírito da coisa", "Lune", "Mulheres negras" (Abujanra fez participação em "Adelaide" com uma guitarra quase anã, bem baixinha mas está lá), "Skowa e Máfia" e outros. Saímos do Garganta em 1987 e partimos para o circuito alternativo/universitário, daí surgiu "Uma barata chamada Kafka", "Suzy inflável", "Crime", "Adelaide"... Lá por 88 surgiu em nossa vida Sergio Dias Baptista. Estávamos direto tocando num bar chamado Pitéu na Barra (nosso cavern club) e ele nos convidou para gravarmos nossa primeira fita demo... "Mutantes", com o espírito do "Inimigos", tudo a ver...
Solange Castro - Certamente...
Marcelo Marques - O que foi nosso diferencial nos shows do cavern, foi um esquete teatral "Rádio Césio 1.37" reproduzia os bastidores de uma rádio com muita brincadeira e picardia!
Solange Castro - Agora nos apresenta um pouco os integrantes do grupo original...
Marcelo Marques - Atualmente o grupo é formado por seis integrantes, Luiz Guilherme (vocal), Luiz Nicolau (vocal), Marcelo Crelier (baixo), Marcelo Marques (bateria), Lourival Franco (teclados), Marco Lyrio (guitarra), na época o grupo tinha Paulinho Moska com integrante nos vocais.
Duas características foram marcantes na carreira dos Inimigos do Rei, a performance vocal (naipes) a herança da experiência no Garganta, e a força cênica (coreografias) e performances herança da formação teatral os três cantores se formaram como atores na CAL, Marco Lyrio fez teatro amador durante dez anos, e os outros integrantes abraçaram as iniciativas neste sentido...
Lourival Franco (teclados), Marcelo Marques (bateria), Marcelo Crelier (baixo), Beatlemaníacos incorrigíveis, Marco Lyrio (guitarra) MPB e muito Rock and Rool. Os vocalistas MPB e Soul-Funk. Lourival Franco é fundador e produtor da Rio-sound-machine, dez anos de muita música dos anos 70, trabalha com outros artistas Paulo Ricardo, Gabriel o Pensador, Luka e outros...
Marcelo Marques baterista experiente trabalhou com muitas “praia s” antes de integrar os Inimigos ,formado em Marketing trabalha com criação/ designer , junto com Marco Lyrio tem a Mantra (arte/conteúdo)
Marcelo Crelier baixista experiente sempre ligado à música dos anos 80, formado em desenho industrial e comunicação visual, exerce a profissão de designer.
Marco Lyrio guitarrista e violonsta exerce sua carreira de artista autor com seu repertório MPB, de 1998 à 2002 exerceu o cargo de gerente artístico da EMI Music, e trabalha com criação na Mantra (arte/conteúdo)
Luiz Nicolau o vocalista/ator trabalha com dublagem, locução e reconhecido ator. Sua carreira no cinema e TV, estreará agora com radialista com o programa D´jazz na Globo FM à partir de março.
Luiz Guilherme vocalista e ator experiente, mestrando em comunicação, desenvolve sua carreira como dramaturgo e romancista.
Solange Castro - Bom, aí se explica tanto talento – rs...
Vocês gravaram três discos - fale-nos do primeiro, o "Inimigos do Rei"...
Marcelo Marques - O primeiro e o segundo foram lançados pela Sony Music em 1989 e 1990. 0 primeiro se chama "Inimigos do Rei" e o segundo "Os amantes da rainha". Do primeiro tivemos quatro singles de sucesso, "Uma barata chamada Kafka", "Adelaide", "Jesse James" e "Mamãe viajandona" - com este disco conquistamos o "Disco de Ouro", com a vendagem de 180.000 cópias em plena recessão. O segundo nos valeu um clip de sucesso na MTV Brasil, "Carne osso e silicone". Na época participamos do "Rock in Rio II" e nesta música convidamos a transformista Telma Lip e foi um motivo de muito frenesi...
Solange Castro - Quais os shows mais interessantes que vocês fizeram? Quais as platéias mais curiosas do Brasil?
Marcelo Marques - "Rock in Rio II", 50.000 moleques (tocamos antes do "New Kid´s"); "Festa do interior" 60.000 baianos pulando que nem mola às quatro da madruga. "Faustão ao vivo", recebendo "Disco de Ouro" (quem sabe faz ao vivo) tocamos seis canções; Maracanã no "Natal da Xuxa", 90.000 (brigamos para fazer ao vivo e conseguimos)...
Solange Castro - Sem dúvidas uma bela estrada...
Além de irreverência (no bom sentido, claro), coragem é o que não falta para vocês...
Marcelo Marques - É mesmo, ser artista nesse País tem que ser macho (que me perdoem as fêmeas)...
Solange Castro - Rs... Então agora vamos falar um pouco de "Música" x "Brasil"... O que vocês acham do nosso mercado musical nos últimos 25 anos?
Marcelo Marques - Fala sério, mano... Últimos 25 porque, tá querendo derrubá?
Solange Castro - Rs... "Alô Música" também é cultura - rs...
Marcelo Marques - Rio Grande do Sul?... brinqs... Acho que nosso mercado não dá muito para analisar, mas o conteúdo... Talento é o que não falta, mas ser terceiro-mundista não é fácil. Sinto que o mercado está se transformando rápidamente em função da tecnologia, palavra de ordem para nos é comunidade e fidelidade, segmentação, nicho, criatividade, perseverança, e jogo de cintura porque o que vem por aí não dá para saber. O jeito é tocar e tocar, criar conceito, e carregar nas emoções, o resto...
Solange Castro - O que você está achando do Gil como Ministro da Cultura?
Marcelo Marques - Um grande compositor - Ministro também é cultura...
Solange Castro - Rs... Fala sério - você acha que ele está contribuindo para a música brasileira em termos de divulgação mundial, direitos autorais, etc?
Marcelo Marques - Quem ministrava a cultura era a galera da USP, pelo menos agora temos um baiano estreiando... Eles são ótimos nisso...
Solange Castro - Quais os principais problemas que artistas e compositores da nossa música enfrentam no Brasil?
Marcelo Marques - Falta de perspectiva, falta de profissionalismo do mercado do show beleza e ausência de dinheiro...
Solange Castro - De tudo... Começando pela falta de perspectivas, por exemplo..
Marcelo Marques - Quase, vocês estão aí...
Solange Castro - Obrigada, Marcelo -só fazemos nossa parte... Se cada um fizesse a sua com dignidade e profissionalismo seria o máximo...
Você acha que o mercado está preparado para dar o suporte que nossa arte maior merece? Por exemplo: casas de espetáculos com tratamento e equipamentos adequados (sem falar em preços justos, claro), rádios dispostas a sobreviverem sem jabá, empresas realmente afim de investir, mesmo com as Leis de Incentivos, na categoria, etc? Você acha que o mercado nesses sentidos está satisfatório?
Marcelo Marques - Nos últimos 20 anos muito se fez, mas profissionalização em relação ao que produzimos em quantidade e qualidade, aí tá faltando muita coisa... O segredo é crescer para o mundo, nos queremos ir para a Europa, fazer o que o Lenine, o Marcelo D2, Skank e tantos outros estão fazendo. Nossa música é o máximo, não só a MPB, mas nosso universo Pop também é muito rico,
Solange Castro - Sem dúvidas..
Marcelo Marques - Os elementos regionais, as influências da própria MPB, fazem nosso Rock, nosso Funk-soul, nosso Reggae serem originais, e nossa língua ajuda, pois as metáforas são ricas...
Solange Castro - Sim, o que não falta é ritmo e talento por esse Brasil afora... Pena que não consigamos ter acesso a tanta obra...
Marcelo Marques - É...
Solange Castro - Por falar nisso, o que vocês acham do 'jabá'?
Marcelo Marques - Se pudéssemos pagar seria ótimo, se pudéssemos receber ainda melhor, o foda é não ter nem um nem outro...
Solange Castro - rs...
Marcelo Marques - Jabá é um negócio universalmente vergonhoso mas tem em todo lugar, principalmente no Iraque...
Solange Castro - Rs... Está certo... Agora nos fale um pouco do novo trabalho, o "Inimix"...
Marcelo Marques - Há dois anos voltamos a nos encontrar, depois de seis anos sem tocar. Fizemos alguns shows, no Ballroom no final de 2001, Hard Rock em 2003, mas idealizamos o projeto "Inimix" com o intuito de reposicionar a marca e mergulharmos em nossas raízes. Um fato estimulou bastante: a partir de 2004 readquirimos o direito de regravar nossos próprios sucessos! Aí em maio de 2004 estreamos o "Inimix". O projeto traz releitura de nossos sucessos e versões de obras que consideramos referencias para nosso trabalho... Em final de novembro fizemos um show no Teatro Odisséia no lançamento do livro "Almanaque Oitenta" - o Ritchie fez uma participação brilhante e estamos partindo para uma parceria muito legal, a partir de agora vamos fazer também o "Inimix 80" com a participação efetiva dele
Tocamos em São Paulo, em Minas Gerais, e este semestre estamos voltanos para a estrada e pretendemos gravar o mais rápido possivel. O repertório está pronto e nós, nem se fala...
Solange Castro - Isso é maravilhoso, mas antes me conte uma coisa: como assim, "readquiriram os direitos"?
Marcelo Marques - Por contrato nossas obras ficaram dez anos presas por carência, agora podemos regravar...
Solange Castro - Hummmmmmm... Ok, sem mais comentários...
Voltando ao novo trabalho: vamos ter disco novo?
Marcelo Marques - Se Deus quiser, e Ele quer, estamos buscando oportunidades mas o mais importante está feito, modéstia à parte nosso projeto está feito e aprovado por quem mais entende, o público
Solange Castro - Sai disco?
Marcelo Marques - Com certeza, mas a meta é DVD ao vivo...
Solange Castro - Maravilha... Previsto para sair quando?
Marcelo Marques - Estamos, como te falei, negociando, depende de alguns parceiros, mas na medida que tocamos e nos mostramos, graças à Deus, a resposta vem rápido, e aí os interessados que se enfilerem... vamos atender todo mundo
Solange Castro - E quanto a turnê, o que está previsto??
Marcelo Marques - Depois do carnaval, estaremos tocando em São Paulo, estamos fechando alguns lugares mais fixos no Rio de Janeiro, mas a meta é interior, dinheirinho no "borso", e DVD nas lojas...
Solange Castro - Maravilha - vamos acompanhar essa turnê bem de perto e na primeira oportunidade estaremos presentes...
Marcelo Marques - Estamos lançando um single, que já está tocando desde novembro em várias rádios no interior... "Kátia Flávia" é uma música que sempre tocamos e nunca tínhamos gravado, ela representa muito bem o espírito do que estamos fazendo hoje...
Solange Castro - Ela é ótima...
Marcelo, nos enviem sempre as agendas e informes, queremos acompanhar o retorno de vocês bem de pertinho...
Obrigada pela entrevista - foi muito legal conversar com vocês...
Contatos para shows:
Telefone: (21) 2547-1855
Retirada da pagina oficial :